A criança ou adolescente chega à Escola cheia de expectativas, curiosidades, sonhos... e traz consigo sua história, potencial e habilidades.
O que fazermos com este conjunto de sentimentos, experiências e possibilidades? Engessá-los num padrão curricular onde a transmissão de conteúdos seja a prioridade ou transformá-los em autonomia, criatividade e amor ao saber?
É muito importante, sobretudo nos dias atuais, que nós educadores – professores e pais – possamos refletir e buscar respostas para estas perguntas, muitas vezes polemizadas de forma equivocada e superficial.
Há elementos fundamentais a considerar:
1. Qualquer que seja a escolha profissional do futuro – técnica, científica ou artística, a escola precisa incentivar nos seus alunos a inteligência criadora: aquela que é capaz de inventar o novo, de introduzir no mundo algo que até então, não existe.
2. Para incentivar a inteligência criadora, o ambiente escolar precisa ser dinâmico, participativo e acolhedor, porque, para ir além, o aluno precisa não ter medo de errar, de perguntar, de ousar.
3. Para se sentir motivado a perguntar, a descobrir, a ampliar o seu mundo simbólico, é essencial que a escola ofereça uma grande variedade de experiências no campo do fazer, do imaginar, do conviver.
Ao contrário do que muitos pensam, a imaginação e a criatividade são essenciais ao desenvolvimento da memória e do raciocínio. Interagem com eles e os alimentam.
“Quanto mais vê, ouve, experimenta, quanto mais aprende e assimila, quanto mais elementos reais dispõem em sua experiência, quanto mais considerável e produtiva será a atividade de sua imaginação.” (Vygotsky)
Esta é a forma como entendemos a função educativa na Monteiro: fazer brotar, através de múltiplas oportunidades (pesquisa, música, atividade física, representações, brincadeiras, etc.) e de uma interação saudável e acolhedora entre todos os participantes do processo, o crescimento intelectual, artístico e cidadão, contemplando assim, as potencialidades multifacetadas de cada sujeito.
Desta maneira, e respeitadas as necessidades e nível de compreensão de cada faixa etária, o processo educativo precisa ser integral e integrado.