A FAMÍLIA, TAL COMO CONCEBEMOS ATUALMENTE,
É FRUTO DE UMA LONGA HISTÓRIA...
Os ideais burgueses do Século XVIII, numa perspectiva muito mais patrimonialista que humanista, fizeram emergir as bases da “família nuclear”, cujo patriarcado se constitui e o acúmulo de bens imóveis era um dos objetivos principais dessa instituição e conferia aos membros de cada família maior ou menor influência na vida em sociedade.
Felizmente, a função da família burguesa, bem como seu significado, evoluíram. E, se devemos aos protagonistas do século XVIII a força da função paterna e a recolocação da criança na vida social, que a partir de então é considerada um ser distinto do adulto e com demandas peculiares, precisamos compreender que no intervalo de tempo que vai da revolução francesa aos dias atuais é que essa família vai sendo lapidada e ganha os contornos atuais: um lugar de formação de valores, de referência de cada sujeito que compõe o clã e sobretudo, o lugar onde são esculpidas as crenças que irão atravessar cada geração, definindo uma identidade que é inscrita em cada novo ser que passa a compor esse elo.
Pensando nessa família atual e na importância que ela ocupa enquanto referência de cada um de nossos alunos, apresentamos, mais uma vez, o projeto Histórias das Famílias.
As atividades que o compõem. Instigam os senhores a buscar no fundo do baú, histórias de infância, objetos que atravessaram gerações por estarem relacionados a eventos importantes de cada núcleo familiar. Resgatam também a tradição oral, uma vez que cada uma das perguntas dos questionários enviados a Pais e Avós, geraram outras indagações e suscitaram lembranças, trazidas à tona nessas interlocuções.
Ao entrar na Exposição Histórias das Famílias, esperamos que possam reviver momentos únicos, se deliciar com as memórias de um tempo que já passou, mas que se eternizaram nas histórias dos objetos que se apresentam.
Desde já, parabenizamos e agradecemos a todos pela valiosa contribuição.